terça-feira, 30 de novembro de 2010

Jorge Jesus vs Hugo Cadete

Após a vitória do Benfica por 3-1 contra o beira-mar, Jorge Jesus abandonou a flash interview da TVI, protagonizada pelo jornalista Hugo Cadete.

As opiniões sobre o incidente divergem. Por um lado, o treinador benfiquista é tido como rude e com falta de saber no que toca a lidar com os jornalistas. Por outro, o alvo de ataque é o jornalista da TVI por ter feito questões não apropriadas ao momento.

Jorge Jesus recusa-se a responder às perguntas fora do âmbito do jogo e com um “tchau!” retira-se do local da entrevista. Hugo Cadete riposta que é ele quem decide as perguntas e, quando o treinador vai embora, refere, ainda, que Jesus está habituado a ser entrevistado pelo canal Benfica Tv. As deduções da citação ficam para cada um dos telespectadores, para Jesus, e quiçá, para o próprio canal televisivo.

Opiniões à parte, a verdade é que segundo o ponto 18, do artigo 26, do Regulamento de Competições, Jorge Jesus poderá ter justificada a sua atitude. “No final de cada jogo em directo, será realizada uma entrevista (Flash Interview), de carácter obrigatório… e deverá respeitar os seguintes termos: … apenas deverá versar sobre as ocorrências do jogo que se acabou de disputar;”

Ora, por muito indelicado que o treinador possa ter sido na abordagem final da flash interview (que foi) não deveria ter sido, por princípio, submetido às questões que não estavam relacionadas com as ocorrências do jogo.

Sim, um jornalista deve ser pertinente nas suas abordagens e as questões de Hugo Cadete não estavam, de todo, deslocadas do panorama actual mediatizado do Benfica. No entanto, um jornalista deve ter sempre em conta o que lhe precede, o que deve seguir e respeitar, neste caso o Regulamento de Competições.

Mesmo tendo sido perguntado o que todo o adepto e não simpatizante do clube desejavam saber, o jornalista acabou por ir contra um estatuto superior ao interesse e conveniência das suas questões.


quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Do agravamento à admissão do preservativo

Em Março de 2009, a caminho de Yaounde (Camarões), o Papa Bento XVI elucidou os jornalistas, e o mundo, para o facto de a utilização do preservativo agravar o problema da sida. Declaração bastante pertinente para a sua primeira visita a África, onde, por acaso, Suazilândia, Botswana a África do Sul são os países do mundo mais afectados pela doença.

Portanto, no momento de uma relação sexual, ambas as partes ao invés de estarem alertadas para a existência e propagação massiva de doenças sexualmente transmissíveis, fatais, como a sida, e terem a consciência que o uso do preservativo poderá preveni-las e aos seus companheiros posteriores, deverão antes ter um “despertar espiritual e humano”, seja lá o que isso for.

Um ano e oito meses após estas declarações, o pontífice admite a utilização do preservativo “para reduzir em certos casos os riscos de contaminação”, reflectindo na direcção para uma sexualidade “mais humana”. O Papa dá como exemplo o caso de um prostituto, onde “a utilização do contraceptivo possa ser um primeiro passo para a moralização”.

Foi um grande passo vindo da Igreja Católica e do seu máximo representante que influencia milhões de pessoas que seguem a religião. Um avanço para o verdadeiro “despertar espiritual e humano” das doenças venéreas que causam um número astronómico de mortes e contágios múltiplos todos os anos.

Bento XVI explicou que centrar-se no preservativo "quer dizer banalizar a sexualidade, e esta banalização representa precisamente o motivo perigoso por que tantas pessoas já não vêem na sexualidade a expressão do seu amor”. O Papa tem algum teor naquilo que diz, no entanto, no século em que vivemos é crucial toda a população estar informada e capaz de proteger-se dos males que poderão ser evitados.
Como Anselmo Borges, do Diário de Notícias, referiu na sua coluna de opinião, “não se pode deixar de saudar este pronunciamento histórico, que só peca por tardio”.

domingo, 7 de novembro de 2010

A (Des)honestidade do Governo Português




Sigo o cliché "uma imagem vale mais do que mil palavras", até porque o 1.º Ministro, José Sócrates, esclarece toda a "coerência", "credibilidade" e "verdade" do seu governo.