sábado, 23 de outubro de 2010

“Acha que dá para tudo? Não dá.”

Com o agravamento da crise vieram as medidas de austeridade. Medidas que instalaram o temor nas classes mais baixas e a fome na Assembleia da República. “Se abrissem a cantina da Assembleia da República à noite eu ia lá jantar. Eu e muitos outros deputados da província. Quase não temos dinheiro para comer”, protesta o deputado do PS Ricardo Gonçalves.
A situação que o nosso país chegou é, de facto, um ultraje. O topo da pirâmide da decadência. Em que país, mesmo até não sendo muito desenvolvido, é que um politico não possui dinheiro para se alimentar?! Como é que os partidos irão continuar a zelar pelo nosso país e pela nossa segurança e bem-estar com apenas 60€ diários? De que modo é que Ricardo Gonçalves poderá usufruir de um caviar e uma taça de Moet & Chandon como lhe convém?

Qualquer dia estão os políticos e as suas famílias na fila para a sopa dos pobres ou a pedir uma esmola no Chiado. É como Ricardo Gonçalves questiona: “Acha que dá para tudo? Não dá.” Pois claro que não.

Um habitante português que trabalhe a ordenado mínimo em 4 meses não consegue atingir o salário mensal do deputado do PS. Mas é preciso ter em atenção que os 3624,41 euros ilíquidos por mês que recebe não chegam para se alimentar. Pobres deputados…”são de longe os mais atingidos na carteira”.

Propunha uma petição nacional contra a descida dos salários dos deputados. É sempre mais sensato descontar nos que, ao invés de gozarem de 60€ diários, se desenrascam com três ou quatro euros. É que as refeições diárias económicas não são para qualquer um. E passar fome por dias ainda menos.

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