quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Reportagem: "Miranda Yé La Mie Tiêrra"





Vasculhando pelo nordeste transmontano, já na extrema fronteira com Espanha, encontra-se a cidade de Miranda do Douro.

Impune na margem direita do Rio Douro, os grandes penhascos, o verde planalto e as gentes típicas são as paisagens mais imediatas do Concelho.

Quem vem a Miranda ouve falar o mirandês, dialecto que, em 1999, foi reconhecido como a segunda língua oficial portuguesa.
Aclamado “paraíso natural e cultural”, a cidade, do distrito de Bragança, faz jus à sua descrição. Os castros são um marco da localidade, remontando a sua história à Idade do Ferro. As ruínas arqueológicas, situadas em aldeias como Aldeia Nova (Aldinuoba) ou Vale de Águia (Bal d’Aila), são alvo de grande curiosidade dos que por lá passam, assim como as excursões pedestres que dão a conhecer o melhor da tranquilidade da natureza e os recantos mais escapatórios e mágicos que afugentam qualquer mão humana ou industrial.

Aqui tudo parece intocável. A natureza governa, por demais o seu espaço, acolhe a sua flora e fauna e transforma os penedos do rio Douro num parque natural a ser preservado.

Pelos caminhos repletos de vegetação alcançam-se ribeiros, cascatas e tapetes florestais. Refúgio para uns, local de lavoura para outros. Campos de pastagens são intermináveis. A vaca mirandesa segue a sua rotina de pasto com o seu camponês que a leva, ao amanhecer, para os extensos e verdes lameiros onde se tornam quase que livres. Para além das suas características tão particulares, esta raça de bovinos é guardada e escoltada pelos pastores que seguem os velhos mandamentos da pastagem. “O segredo é ter boas raças e ter gosto nisto”, conta o aldeão Mário Torrado. O mirandês lamenta que o interesse por estes hábitos se tenha perdido: “isto está a acabar, só os velhos é que cuidam disto”. Deste bovino provém a célebre posta à mirandesa, onde se vão encontrando tentativas de réplicas pelo país.

Também de cochinos (porcos), canhonas (ovelhas) e pitas (galinhas) se vive nas aldeias mirandesas. A matança do porco é comum entre os meses de Setembro e Outubro e as suas carnes diversas vão dar lugar ao fumeiro emblemático: tabafeias (alheiras), chouriços, chouriças, chabianos (chouriço doce) e botielhos (botelos) fazem as delícias dos habitantes e dos apreciadores da sua rica gastronomia.

A lã da ovelha é, ainda nas aldeias, desfiada na roca pelas mulheres acostumadas ao hábito desde sempre. Daí provêm algumas das suas peças de vestuário, feitas pelas mesmas.
Na cidade de Miranda, o comércio é um dos principais meios de rendimento da população. Curiosamente, a grande maioria dos clientes são os vizinhos espanhóis que procuram boa qualidade a um preço mais razoável.
Miranda do Douro possui artesanato muito característico, como as capas de honra. Antigamente, eram unicamente usadas pelos homens mais ricos que, inclusive casavam com esse traje. Mais tarde, os pastores começaram a adoptá-la, sem terem, no entanto, tanta ornamentação.

Os pauliteiros mirandeses são um dos pontos de maior atractividade. Estão presentes em todos os festejos da terra, animando as pessoas com arruadas e espectáculos da “dança dos paulitos”.

O “Tio Arribas”, como lhe apelidam, é um dos artistas que se mantém fiel à construção manual da emblemática gaita-de-foles mirandesa, fabricando quase todos os fragmentos que a compõem. Arribas conta que o seu intuito de sempre foi “arranjar um grupo de gaiteiros do concelho de Miranda para tocarem em conjunto, onde se sentisse só uma gaita”. O lema do grupo pressupõe que os tocadores têm que comer e beber, divulgando a sua gastronomia.

As tradições de Inverno

La Fogueira del Galho

Miranda do Douro é rica em tradições e costumes, com maior ocorrência no Inverno.

A Fogueira do Galo é um dos hábitos mais antigos. Na madrugada da véspera de dia de Natal os homens solteiros reúnem-se. Tomam um caldo verde na taberna em frente à Sé Catedral da cidade e aprumam os carros de bois clássicos para irem à lenha. Mulheres e homens casados estão banidos desta prática. Contudo, uma vez a cada cinquenta anos uma fogueira do galo é feita pelosos homens casados.

O dia é passado no meio de freixos, machados, pão, carne, lume, convivência e divertimento entre os jovens, que aproveitam para limpar os carrascos do monte. “Esta tradição já vem do tempo dos nossos avós e agora somos nós que estamos a tomar conta disto, porque nunca pode acabar”, explica Luís Pereira, um dos rapazes que desde criança participa no evento.

No final do dia, são eles próprio que carregam os carros para a cidade onde são acolhidos e saudados pela população. Acende-se uma fogueira gigante em frente à Sé e iniciam-se os festejos para a missa de Galo e o dia de Natal.

Festival Geada - Festival de Cultura Tradicional das Terras de Miranda

“BAMOS DERRETIR L CARAMBELO!”, ou "vamos derreter o gelo!" é o chamamento do evento, que decorreu Nos dias 26, 27 e 28 de Dezembro. Este ano, foi a sua terceira edição e contou com as actuações dos pauliteiros, das bandas Galandum Galundaina, Sebastião Antunes, Karrossel, Ogham, Uxukalhus e Roncos do Diabo.
A "Mirarte - III Exposição Artística da Juventude Mirandesa, arruadas, palestras, oficinas de danças tradicionais, oficinas de pauliteiros, oficinas de escrita e oralidade de língua mirandesa foram outras das actividades que reuniram os participantes.

O primeiro dia do festival foi marcado pela volta às adegas da cidade, durante a noite a dentro. Tabernas e adegas, que estão encerradas ao público, acolheram, nesta noite fria de Inverno, as multidões que rodavam de tasco em tasco para provarem e “aquecerem” com o vinho curado das pipas. O vinho tinto caseiro enchia as canecas de barro dos ouvintes, enquanto os cantares e melodias mirandesas serviam de banda sonora à noite transmontana. A simbólica gaita-de-foles, acompanhada do bombo e acordeão, recordaram os cânticos mirandeses que fazem por perdurar na memória desde os seus séculos primórdios.

El Concho na Raiç (O orgulho na raiz)

Num recanto de Portugal descobrem-se todas estas (e muitas mais) preciosidades culturais e naturais. Os habitantes, humildes de raça, esforçam-se para que todos os seus costumes inerentes ao planalto mirandês não se acabem e perdurem nas gerações vindouras.
A população está cada vez mais envelhecida, uma vez que os jovens se vão distanciando das suas raízes em busca de novas oportunidades fora da cidade. No entanto, não esquecem as suas origens e o orgulho na sua terra resplendece na face de cada um.

De Estágio a Contrato

A jornalista Marta Cerqueira, do Jornal I, publicou um artigo interessante sobre a possibilidade de os jovens que ingressam no mercado trabalho conseguirem arranjar emprego após realizarem um estágio profissional ou curricular.

Um estudo das intenções de mercado de trabalho, realizado pela MRINetwork, revelou que 22% das empresas portuguesas querem aumentar o seu número de estagiários. Este relatório inclui entrevistas a 131 administradores, directores-gerais ou directores de recursos humanos de empresas portuguesas e demonstra, ainda, que enquanto, em 2009, 45% das empresas inquiridas não abriam vagas para estágios, a percentagem desceu para 31% em relação ao ano passado.

Resumindo, Portugal caminha para a aposta de contracção de estagiários, em vez das reais e tão aguardadas contratações efectivas pelos jovens.

Este panorama é óptimo para as empresas, pois possibilita-lhes redução de custos na utilização de mão-de-obra económica e acessível.

Os recém-licenciados tornam-se, portanto “descartáveis”. Seis meses no Jornal X, oito parados e, com sorte, mais uma temporada numa empresa qualquer.

Já para não falar na remuneração que ou é nula ou mínima. Ora, tudo a postos para um jovem trabalhador iniciar e sustentar-se na sua vida adulta.

Claro está, que existe sempre a possibilidade de uma contratação após o tempo de estágio. Mas sejamos realistas. Com a situação actual do país, a fraca aposta nos meios de comunicação e a facilidade de transição de estagiários, qual será a verdadeira probabilidade de um recém-licenciado obter um emprego fixo?

Talvez algum entrave na constante mudança de estagiários não seria mal pensado para a tentativa de redução da taxa de desemprego, que se encontra em estado assustador.

Se uma empresa necessita realmente de mais activos porque não, simplesmente, contratá-los?

Capas dos jornais de hoje
























Capa do Jornal I: http://www.ionline.pt/adjuntos/102/journal/000/251/0000251536.pdf


Os principais destaques e manchetes dos jornais I, Diário de Notícias, Público e Jornal de Notícias diferem em grande escala entre eles.

O jornal I tem como manchete “Crise na banca. O BPI não distribui lucros. Em mais de 20 anos nunca aconteceu”, referindo-se às condições de financiamento que dificultam a vida dos bancos portugueses. A capa tem, ainda, relevo para o badalado processo Casa Pia. Carlos Silvino decidiu, mais uma vez, acrescentar e modificar as suas declarações desde há já oito anos. O I possui declarações do apresentador e arguido Carlos Cruz e do ex-inspector da PJ, Dias André.

As revelações de Carlos Silvino são, também, de destaque no Diário de Notícias: “Silvino mudou de versão três vezes em 7 anos”. A manchete do Diário é a situação de revolta no Egipto, onde querem fazer cair o regime, após todos os conflitos na Tunísia.
A manchete do Público, para hoje, é sobre o risco com o cartão de cidadão, relacionado com o número de eleitor, e a não actuação dos serviços. A sua reportagem debruça sobre os boicotes em eleições, que raramente geram conquistas. Há, ainda, aparte para o discurso de Cavaco Silva, aquando venceu as eleições, e a sua análise.

De outra margem, o Jornal de Notícias (edição Norte) realça “Rede burla Estado com receitas falsas”, depois das detenções em várias farmácias e distribuidores, no dia anterior. A fotografia de realce é desportiva, anunciando o derby F.C.Porto – Benfica.

O Processo Casa Pia surge na capa do JN e do Público, mas sem grande evidência.

O destaque bancário do I não faz parte de nenhuma outra capa de jornal, assim todas as restantes notícias apresentadas na capa, excepto as afirmações de Carlos Silvino. A revolta no Egipto do Diário de Notícias é também da sua exclusividade. A manchete da burla, no JN, sai na capa do Diário de Notícias, em formato coluna.

Todos os quatro jornais portugueses vendem conteúdos diferentes, quer os principais destaques, quer as referências em coluna. Serão conceitos de noticiabilidade diferentes ou linhas editoriais opostas?

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

A gasolina mais cara da história portuguesa

Atingiu-se um novo recorde do preço alto da gasolina. A Galp aumentou o combustível em 2 cêntimos, chegando, assim aos 1,533 euros por litro. O gasóleo sobe 3 cêntimos.

Contas feitas, Portugal é o terceiro país com o gasóleo mais caro na União Europeia. À sua frente só mesmo Grécia e Finlândia. A gasolina também segue o mesmo padrão, sendo o seu preço o sétimo mais caro dos 27 países.

Com a notícia avançada pelo JN de que Portugal tem os combustíveis mais caros, antes e depois dos impostos, da União Europeia, o descontentamento dos leitores é notório.
Comentários insultuosos ao governo e aos gestores e administradores das empresas estendem-se pela página. Apela-se à união do povo. Sugere-se que se deixe de abastecer os automóveis para “obrigar” a descida dos preços. Aconselha-se a que se volte a andar de cavalo como meio de transporte.
Fala-se em revolta, que “é preciso urgentemente um novo 25 de Abril”.
Para quando?

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

O Endividamento a Prestações - Grande Entrevista

17 mil processos foram abertos, em 2010, pelo gabinete de apoio ao sobreendividado da DECO. O número de pedidos de ajuda, nestas três primeiras semanas de Janeiro, também já ultrapassou a quantidade da procura no mesmo mês do ano passado.
Estas são as estimativas dadas pela Dr.ª Natália Nunes, coordenadora do gabinete da instituição, à Grande Entrevista, da RTP.

A grande maioria da busca de apoio são famílias constituídas por três pessoas, com habilitações literárias equivalentes ao ensino secundário e mais de 90% já se encontram em situação negativa, praticamente impossível de auxílio.

A inovação da crise do século XXI é que se encontram endividadas tanto as famílias com rendimentos mensais de 300€, como as que perfazem 5.000€. As razões são as mesmas: os agregados não sabem adaptar o seu rendimento aos custos de vida.

O recurso ao crédito é um dos principais factores que resultam no endividamento das famílias portuguesas, quer de classe baixa, quer de média. Os indivíduos foram contratando vários créditos porque o seu orçamento assim lhes permitia. No entanto, mesmo com a descida de rendimentos, mantiveram esses créditos.

Grande parte das pessoas que recorrem ao gabinete de apoio ao sobreendividado possui mais de cinco créditos diferentes: automóvel, habitação e os restantes para gastos pessoais.
Muitas vezes, chegam a pedir novos créditos para poderem pagar os que já possuem. Forma-se assim uma bola de neve, uma vez que “as pessoas endividam-se mais para pagarem as dívidas”, explica a Dr.ª Natália. O gabinete ajuda o endividado a elaborar um plano de pagamentos, entra em contacto com as empresas em questão e negoceia esse mesmo plano.

Um dos graves problemas de requerer a um crédito é que os portugueses desconhecem os seus princípios básicos. Não sabem o que é a taxa EURIBOR ou o SPREAD, ou seja, nada é negociado na obtenção de créditos.
14 mil pessoas que recorreram à DECO não puderam ser ajudadas, pois já se encontravam em fase de processo judicial e, nesse caso, a entidade em nada pode interferir. As pessoas pedem ajuda demasiado tarde, essencialmente, por sentimento de vergonha. Vergonha por não conseguirem mais suportar o seu nível de vida, vergonha perante os seus vizinhos, familiares e entidade empregadora.

Com a taxa de desemprego nos 10,8%, a perspectiva para este ano, segundo a coordenadora, é que “o número de famílias em situação de dificuldade irá aumentar em 2011”. A taxa EURIBOR vai subir, aumentando o crédito habitação, que detém grande peso no orçamento familiar.

Natália Nunes aconselha os portugueses a fazerem o seu orçamento de rendimentos: quanto dinheiro possuem e onde está a ser gasto. Pequenos gestos como desligar as luzes ou fechar torneiras reduz o pagamento final.

Estamos perante uma nova forma de pobreza: “existe dinheiro, mas é todo absorvido pelos créditos”.

Com o aumento do IVA, o corte de salários e as restantes medidas do plano de austeridade, avizinham-se tempos de difícil erguer. Enquanto os portugueses não estiverem, verdadeiramente, mentalizados para a complexidade de um crédito e estiverem cientes de até onde se estende o seu orçamento, a DECO vai continuar a tentar acolher o desespero de quem não tem mais braços para segurar o peso das dívidas.

sábado, 8 de janeiro de 2011

A Polémica WikiLeaks

“Há jornalistas a atacar Assange mais violentamente do que a própria secretária de Estado norte-americana, Hillary Clinton, e há líderes políticos, como o primeiro-ministro russo Vladimir Putin (descrito como "macho-alfa" num dos telegramas divulgados), a defender Assange e a criticar a sua detenção”, assim é explicada a mediatização da Wikileaks por Luís Miguel Queirós, do Jornal Público.

O polémica das revelações que têm vindo a ser fornecidas por Julian Assange, ex-hacker australiano, passa pela boca de todos, desde políticos à sociedade jornalista. Por uns é considerado um “messias” por desvendar as injúrias dos grandes governos mundiais ou alvoroços económicos. Por outros, as acções do website WikiLeaks são vistas como uma afronta à estabilidade e pacifismo populacional e um insulto à actividade jornalística.

Miguel Sousa Tavares, através do Expresso, sustenta que Assange devia “estar preso” e acusa-o de violar "correspondência pública e privada", pondo "em risco a vida de pessoas".

José Manuel Fernandes, ex-director do PÚBLICO, caracteriza Julian Assange como “um anarquista que manipula sem grandes escrúpulos enormes quantidades de informação e promove violações de comunicações secretas não em nome da transparência mas para tentar destruir o tipo de sociedade em que vivemos".

O eurodeputado do Bloco de Esquerda, Rui Tavares, argumentou, no jornal Público, que as informações que foram reveladas tiveram razão de ser e não se devem manter ocultas, como o facto de em Portugal, "um presidente do BCP se terá oferecido para espiar os possíveis clientes do banco no Irão".

Leonel Moura, no Negócios Online, é da opinião defensora, mostrando-se revoltado com o facto de “a sanha, de contornos fascizantes, que emergiu neste últimos dias no neste nosso chamado mundo ocidental, o tal civilizado e democrático, contra um jornalista cujo único crime foi ter divulgado alguns documentos de evidente interesse público, só tem paralelo nos regimes tiranos e totalitários.”
"É evidente que as revelações do WikiLeaks são importantes. É óbvio que a exposição do pensamento íntimo dos diplomatas norte-americanos traz sarilhos à maior potência do mundo", reflecte Pedro Tadeu, no Diário de Notícias. É, ainda, da opinião que "o jornalismo parece estar em colapso": "Queixo-me por os jornais só parecerem jornais quando um qualquer WikiLeaks desafia a essência da sua razão de ser."

A WikiLeaks define-se como uma organização media dedicada a divulgar informações e notícias importantes publicamente, mantendo as suas fontes em anonimato. Se a sua acção pode ser considerada jornalismo, deixa, no entanto, algumas dúvidas de carácter ético. Apesar disso, todos os conhecimentos revelados, como os vídeos indignos na guerra do Iraque, por muita indignação e revolta que cause pelas nações, deve ser do conhecimento de todos. Todos os que depositam a confiança de voto em alguém devem estar conscientes da verdadeira realidade e de toda a manipulação que é transparecida.

A harmonia (ou a decadência) mundial não deve estar depositada apenas nas mãos de alguns sujeitos que governam e decidem o destino da humanidade a seu belo prazer. E se esta divulgação inesperada e ofensiva de escândalos políticos, éticos ou históricos servir para o homem se consciencializar do declínio da nossa sociedade e, finalmente, lutar por um mundo melhor, seja lá ele qual for, que assim seja.



quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Facebook "Unplugged"

Já todos estamos acostumados com as campanhas anti-tabagísticas. Já conhecemos os seus efeitos, malefícios e privações. Poderá chegar agora a era do anti-facebook. Noticiou o jornal i que diversos jovens de 12 Universidades de todo o mundo se submeteram a um teste que consistia em não terem acesso aos emails, mensagens escritas, Facebook e Twitter durante 24 horas.
O que parecia fácil de início revelou-se uma experiencia quase que traumatizante para os participantes. Os voluntários apresentaram os mesmos sintomas que um fumador ao tentar deixar o vício.
Alguns dos jovens chegaram mesmo a ter indícios idênticos aos que abandonam as drogas pesadas. “Transtorno da Privação de Informação” é o nome afável deste estado semi-recente.
A juventude da segunda década do século XXI já pode ter mais uma para se queixar. Se esta condição se desenvolver talvez se criem adesivos ou pastilhas anti-Facebook, uma vez que é a nicotina moderna.

Sim, porque, hoje em dia, não se fala, não se debate, não se discute ou interroga a polémica do dia com um café numa mão e um cigarro na outra. Clica-se “gosto”.